MULHERES DO BRASIL VÃO À LUTA NO JAPÃO

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma homenagem a todas as brasileiras – especialmente às mulheres de fibra que no Japão cumprem até tripla jornada diária, em casa, nas fábricas, e que, como mães, geram um bebê a cada três horas !

Por: Edson Xavier (Especial para a revista Akitem)

A cada três horas nasce uma criança brasileira no Japão. São 8 bebês por dia, ou seja, mais de 50 por semana, cerca de 208 recém nascidos por mês. No ano passado tiveram Certidão de Nascimento neste país 2.498 brasileirinhos, registrados nos Consulados de Tokyo, Nagoya e Hamamatsu, filhos de união estável – casais legalmente casados – ou de pais separados e mães solteiras. Foram emitidas 1.247 certidões de nascimento no Consulado de Nagoya, 832 em Tokyo e 419 registros pelo Consulado de Hamamatsu.

 É um índice alto para uma população hoje estimada em 230 mil brasileiros neste país. E mostra que além de uma série de afazeres domésticos, e da jornada geralmente suja, pesada ou perigosa como operárias nas fábricas, a mulher brasileira no Japão não se assusta com a maternidade nem se intimida com a dupla ou tripla jornada que advém com os filhos. São mulheres que diariamente vão à luta e que somam razões de sobra para celebrar datas comemorativas como o Dia Internacional da Mulher, transcorrido neste 08 de março, ou o Dia das Mães, a ser celebrado em 08 de maio.

 Entre os 2.498 bebês registrados ano passado no Japão está Kenzo Torres Matsumoto, nascido dia 21 de dezembro na capital de Aichi. A mãe, Sandra Matsumoto, residente em Nagoya, conta que ela e o marido Emílio programaram a gravidez do primeiro filho. O casal está no Japão faz 6 anos e a mulher relata que, infelizmente, não são boas as recordações do parto – pelo que ela julga ter sido vítima de erro do médico ou do anestesista.

Sandra Matsumoto, com o filho recém nascido, Kenzo

 “O meu pré-natal foi excelente, estava super-tranquila e sem medo do parto. Mas sofri muito”, diz Sandra. Ela teve o rompimento da bolsa um dia antes do previsto e não foi bem sucedida a tentativa de induzir o parto. Em 15 minutos a parturiente foi preparada para uma cirurgia cesareana e a anestesia não lhe teria surtido efeito. “Eu estava sedada e movia as pernas, gritei de dor ao sentir o bisturi e o médico prosseguiu. Foi traumático. Senti quando o bebê foi retirado, como se arrancassem as entranhas. Só depois de muito gritar é que aplicaram uma anestesia geral e apaguei”, relata.

 Kenzo nasceu saudável com 3,278 kg e hoje faz a alegria do casal Sandra e Emílio. Mas a mãe ainda pretende acionar na Justiça o obstreta porque acredita ter sido submetida a uma situação cruel, de dor extrema, quando poderia ter sido reaplicada a anestesia. Apesar da dolorosa experiência, porém, Sandra afirma que se um dia tiver nova gravidez no Japão vai dar à luz sem preocupação. “O que me aconteceu foi um caso isolado, lamentávelmente. Tenho amigas que deram à luz aqui e todas em partos bem sucedidos”, afirma.

 Ela sugere que as mães brasileiras no Japão poderiam formar uma rede de contatos para a troca de informações e experiências – o que ajudaria as mães novatas, como ela, que ainda têm muitas dúvidas sobre exames médicos, vacinação e questões de rotina no cuidado de um bebê. E Sandra alerta que algumas empreiteiras submetem gestantes brasileiras a trabalhos pesados ou perigosos, para que as futuras mamães peçam demissão do serviço. Sandra diz que felizmente na empresa onde trabalhava foi beneficiada com a Licença Maternidade, com dispensa 42 dias antes do parto, e mais 56 dias após o parto. Mas sabe que muitas empresas não cumprem com o que determina a lei trabalhista.

TRÊS MÃES DE TRÊS

O antigo adágio que diz que “um é pouco, dois é bom, três é demais” não se aplica às brasileiras Yumi Kitada, Débora Yogi e Dejiane Nishimura. Para elas, cada qual mãe de três filhos, a prole está de bom tamanho – satisfeitas com a família no número em que se encontra, acham que o “demais” seria se voltassem à condição de gestantes. Não querem mais saber de maternidade porque já cumprem tripla jornada conjugando trabalho, casa e marido e três filhos.

Yumi Nishitani Kitada, 22 anos, está no Japão faz pouco mais de 5 anos. Teve a primogênita no Brasil e as outras duas nasceram no Japão. Se a maternidade é difícil ? “Seja um ou sejam três, o trabalho é proporcional e a tarefa quase sempre é responsabilidade da mulher”, conforma-se. Ela acredita que no Japão o mais complicado é a falta de tempo para conciliar os afazeres domésticos e filhos, e a vida pessoal. Mas pode ser compensador se houver ao menos o equilíbrio no aspecto financeiro, diz.

 Débora Yogi dos Santos, 33 anos, três filhos, soma 14 anos neste país. Teve as três crianças no Japão e concorda que a maternidade por vezes deixa ainda mais atarefadas as mulheres. “Quando estava em fábrica, a rotina era acordar, preparar os filhos e leva-los à creche, depois do serviço, buscar as crianças, cozinhar, lavar, limpar a casa. Ia dormir sempre depois de meia noite, e logo cedo no dia seguinte era tudo de novo”, lembra. Segundo ela, o trabalho doméstico e a educação dos filhos deve ser compartilhado pelos maridos e e deve ter o devido reconhecimento embora não seja um serviço remunerado.

 “As mulheres precisam ser mais valorizadas, e também se auto-valorizarem. Infelizmente o machismo ainda predomina, mas acho que estamos mudando essa realidade e ampliando nossas conquistas”, avalia. Um exemplo de conquista feminina ? Débora Yogi cita a eleição de Dilma Rousseff à  Presidência do Brasil, com uma ressalva: “só espero que ela não faça nada de errado, para não dar motivo aos homens dizerem algo do tipo, só podia dar nisso, afinal, é uma  mulher na Presidência”.

 Outra que é hoje mãe de três filhos, Dejiane Muniz, 32 anos, tinha 17 de idade quando desembarcou no Japão 15 anos atrás. Encarou sem problemas o parto normal da primeira filha e depois a cirurgia cesareana de outros dois meninos. Família grande dá trabalho ? Ela diz que sim, mas nada que seja impossível de dar conta quando se tem ajuda em casa. Dejiane diz que seu marido sempre esteve envolvido na educação e no cuidado com as crianças, e isso lhe facilita a vida no dia-a-dia.

 Dejiane conta que hoje comemora com mais empolgação datas como o 8 de março, Dia da Mulher. Revela que a maternidade lhe deixou mais realizada, e assim faz questão de celebrar datas especiais. Às brasileiras no Japão, operárias em fábricas, ela deixa um recado: “tenham ambição, busquem algo mais, como a profissionalização em alguma área, invistam no futuro porque o dinheiro não é tudo”, considera.

 Mãe de um adolescente de 17 anos, e residente no Japão há 18, Daniela Nishikawa, 37 anos, concorda com Dejiane sobre a importância de não se limitar a uma rotina de casa e trabalho e vice-versa. Ela observa que muitas conterrâneas brasileiras, por vezes, sofrem com problemas de auto-estima, e acredita que o melhor remédio às mulheres é buscar, sempre que possível, atividades que levem a uma valorização pessoal. E sugere que as mulheres nunca devem ter receio de investir em iniciativas que lhes faça bem – desde a estética, cursos, vestuário, até um passeio ou presentes que a mulher mesma pode se dar no dia-a-dia, sem esperar que o marido ou outra pessoa o faça.

Amana, com o casal de filhos: Aila e Thomas

 VOZ FEMININA

Amana Lieko Castanon, 28 anos, está há  5 anos no Japão, mora em Aichi na cidade de Anjo e é mãe de duas crianças – Aila, 3 anos e Thomas, de 5 meses – atualmente desempregada por conta da maternidade. Antes, trabalhava na montagem de eletrônicos em fábrica da Sony. Na opinião de Amaná, a maior dificuldade enfrentada pelas brasileiras no Japão é ainda a discriminação que as mulheres sofrem em muitos locais e serviços, além do salário inferior e de terem que se desdobrar para conciliar as tarefas.

 “O serviço às vezes é estressante e dolorido. Chegamos em casa cansadas depois de até 12 horas em pé no trabalho e ainda temos que buscar o filho na escola, e ficar mais tempo na pia e no fogão, colocar os filhos dormir e só então ter um tempo para descansar e começar tudo de novo no dia seguinte”, salienta. Na opinião de Amaná, no Japão pesa muito a desigualdade salarial: “o salário deveria ser referente ao serviço e ao desempenho, não ao sexo masculino ou feminino”. Ela defende que as mulheres devem lutar pela igualdade de direitos, e também precisam se valorizar culturalmente, “para acabar com o estereótipo de beleza oca que se vê facilmente,” afirma.

Bianca Ishida

 Bianca Ishida, 36 anos, mora em Gunma há 18 anos, sempre na cidade de Oizumi. Casada, sem filhos, trabalhou apenas três anos em fábrica e buscou outras atividades que lhe levaram à área de estética e beleza – hoje têm empresa neste segmento e é executiva de um fabricante de cosméticos do Japão. Bianca acredita que seja no Japão, ou no Brasil, as mulheres sempre terão dificuldades se não houver sonhos e objetivos de vida. Segundo ela, não se deve simplesmente ir levando a vida sem perspectivas de futuro e sem alguma especialização, e o Dia da Mulher pode ser ocasião oportuna para uma tomada de decisão, com vistas ao futuro.

 Ela considera que as mulheres em geral têm muitas conquistas recentes, como por exemplo, no Brasil a eleição da presidente Dilma Rousseff. “Mas não diria que termos uma Presidente mulher me traz orgulho só pelo fato dela ser mulher. Vou me orgulhar a partir do momento que ela fizer o que muitos homens até hoje não fizeram na Presidência, mostrando através de atitudes como uma mulher pode ser sábia e guerreira,” considera.

Harumi, com o caçula de 4 meses de idade

Célia Harumi Risso, de 37 anos, residente em Anjo, Aichi, concorda. E lembra que hoje existem mulheres atuando em setores até pouco tempo restritos a homens, desde astronautas até cientistas, altas executivas em grandes corporações e, no cargo de Presidente, em fato inédito como no Brasil. “Mas também vou me orgulhar de verdade é se a nossa presidenta governar o país dignamente, como ela propôs”, diz.

 Mãe de dois filhos – Thaina, 10 anos, e Aaron, de 4 meses, Célia Harumi está no Japão faz 9 anos, vinda de Guarulhos-SP, e antes da maternidade era operária em fábrica de auto-peças. Segundo ela, dentre as muitas dificuldades que afetam as mulheres neste país, pesa a desigualdade salarial, e no caso das mães, a falta de creches de confiança onde possam deixar os filhos com tranqüilidade enquanto estão no serviço. Harumi pensa que, as empresas também poderiam ser mais complacente com as mães operárias, reduzindo a carga horária na jornada de trabalho das mulheres com filhos pequenos.

Flávia Tokunaga, com o marido e os filhos

 NÃO À SUBMISSÃO

Na opinião de Flávia Tokunaga, residente no Japão faz 16 anos em Okazaki, Aichi, a barreira do idioma no Japão também pode ser apontado como um problema que aflige as mulheres no dia-a-dia no trabalho, na maternidade, e na vida doméstica. Mãe de dois filhos, de 12 e de 9 anos, ela já trabalhou em fábricas de auto-peças e componentes eletrônicos antes de ter a iniciativa de montar negócio próprio na área de estética. Acredita que tudo é possível quando se busca a qualificação, e que a cada conquista que a mulher alcança, maior é o respeito que ela adquire.

 Flávia lembra que o Japão é historicamente um país de mulheres submissas, mas que gradativamente essa realidade vêm mudando. A expectativa dela é que as brasileiras ajudem a mudar tal realidade de submissão neste país, e que nunca abram mão de reinvindicar a igualdade de direitos. “Temos de mostrar que somos capazes, e assim seremos cada vez mais valorizadas. Faço a minha parte, e já tive muitas conquistas. E acho que as empresas deveriam igualar os salários sim, afinal, a maioria das mulheres no Japão fazem o mesmo serviço que os homens, e até fazem melhor”, diz.

Lilian e as filhas Elisa, Melissa e Laiza

 Lílian Mishima, de 27 anos, residente em Aichi, está no Japão faz 16 anos. Atualmente está desempregada, mas não se pode dizer que lhe falta trabalho em casa. Ela tem três filhas – Elisa, 9 anos, Melissa, 7 e Laiza, de 6 anos. Se é difícil conciliar tarefas de casa, trabalho fora e filhos ? Ela não têm dúvida: “Coloca difícil nisso ! Se no meu caso que não trabalho fora já é complicado, imagine para as que trabalham. Seria fácil se fosse apenas fazer a faxina, esperar os filhos chegarem da escola, colocar a mesa, etc. Mas não. A mulher quer estar bonita sempre, ir ao salão, cuidar dos cabelos, pele, fazer academia, estar sempre de dieta, jogar conversa fora com as amigas. E isto tudo requer tempo e dinheiro,” considera Lílian. Na opinião dela, quando a mulher não consegue cumprir algumas necessidades que julga fundamentais, acaba sendo impelida a sofrimento. “E bate aquele baixo astral que pode as vezes nos impedir de exercer melhor outras tarefas”, conclui.

 Lílian considera que as mulheres, no geral, têm muitas conquistas recentes a comemorar não apenas em datas como o Dia Internacional da Mulher. Sobretudo a capacidade feminina de trabalho em equipe, que vai contra o antigo individualismo. “A cooperação entra no lugar da competição, e hoje há poucos grupos masculinos onde a mulher ainda não tenha conquistado seu espaço. E o mais interessante é que nesse processo de conquista a mulher não deixa de cultivar seu lado sedutor, de mãe, e de dona-de-casa”, observa.

 RECADO DO BRASIL

Depois de 9 anos no Japão, onde lecionou em escolas brasileiras na região de Hamamatsu, a professora Maria Alice Hanashiro, 52 anos, mãe de duas filhas – Camila, de 28 e Larissa, de 23 anos – regressou ao Brasil em maio de 2009 para a rede pública de ensino na sua cidade natal, Registro-SP. Alice acompanhou de perto a rotina de muitas operárias mães de alunos no Japão e considera que as brasileiras neste país “são guerreiras” de fato e merecem ser tratadas “como jóias” por seus companheiros, sendo valorizadas e reconhecidas por seus méritos não apenas em datas especiais. E de lá, ela faz questão de saudar as mulheres brasileiras no Japão !

 Ela conta que no Brasil hoje muitas mulheres já não querem se casar antes de se profissionalizar, ter casa própria, carro, salário e emprego estável. Buscam a autonomia financeira e a segurança pessoal, e quando atingem este objetivo se dizem felizes. “Não acho que estejam completamente felizes pois é preciso uma companhia, para se viver em sociedade, um ao lado do outro, completando-se. Mas estamos no caminho certo, ” considera. Às brasileiras no Japão, ela sugere que “se valorizem, estudem, capacitem-se para quando voltarem ao Brasil, conquistem seus espaços e deixem suas marcas por onde passarem, sempre firmes na luta diária que travam.”

 NATALIDADE NO BRASIL

No Brasil, a cada hora nascem 321 bebês. São mais de 5 por minuto ou um a cada 11 segundos. São pelo menos 10 mil nascimentos por dia, ou 300 mil ao mês – o que leva a uma taxa de natalidade de pelo menos 3 milhões de bebês por ano, e alavanca o Brasil à casa dos 200 milhões de habitantes – embora venha sendo reduzida ano-a-ano a taxa de natalidade no país.

 RAZÃO PARA SE COMEMORAR

Amana Castanon: “As brasileiras no Japão são batalhadoras, trabalham fora. Pouco se vê donas-de-casa por opção aqui. São as que mais fazem horas-extras, independente da idade, do turno ou do estado físico. Então, sim, temos todas as razões para comemorar a data, principalmente em um país como o Japão”

 Bianca Ishida: “Temos sim razões para comemorar, com certeza, porque somos guerreiras e lutamos sempre pelos nossos ideais em busca de crescimento. Gostamos e exigimos o que é certo. Conquistamos dia-a-dia nosso espaço e nossos interesses. E temos o que muitos homens não têm, que é uma grande intuição.”

 Célia Harumi Risso: “Independente do lugar onde estivermos, esta data foi escolhida para homenagear as mulheres e tem que ser comemorada para nos lembrar que queremos sempre mais conquistar nosso espaço e fazer ouvir nosso grito de independência. A mulher de hoje é ousada, sabe o que quer e onde quer chegar.

 Flávia Tokunaga: “As brasileiras no Japão conseguiram mostrar que trabalham muito bem, e até melhor que muitos homens. E isto já é reconhecido pelos japoneses. As mulheres estão se qualificando cada vez mais e hoje comandam empresas por todo o mundo. Somos mais respeitadas. Por isso devemos comemorar.

 Lílian Mishima: “Existe razão sim ! Com a crise econômica mundial, e desemprego dos maridos, muitas mulheres que mantiveram o trabalho se tornaram as chefes de casa. E assim provam que a mulher pode tanto quanto o homem, apesar do salário desigual. Aos poucos conquistamos nosso espaço em uma sociedade machista.”

 Maria Alice Hanashiro: “Sim ! Conquistamos nossa independência, e hoje a mulher só será submissa se quiser, poque as portas estão abertas em todos os locais. Podemos concorrer de igual para igual, e temos que nos orgulhar por termos a oportunidade da criação, de gerar e amamentar nossos filhos, privilégio único.”

Daniela Nishikawa

AS MAIS BELAS MÃES

Responsável pela organização do concurso Miss Nikkey e Festival Brasileiro, que se realiza no Japão desde 2002 uma vez ao ano, a promoter Daniela Nishikawa vêm trabalhando na produção do 10o Miss Nikkey – agendado para o próximo dia 08 de maio, em Komaki. E anuncia a participação especial das mães em uma categoria no concurso, que vai eleger “As Mais Belas Mães”. Segundo ela, a cada ano muitas mães de candidatas e de crianças que se inscrevem nas categorias infantis do evento, revelam que gostariam de participar dos desfiles. “Como trata-se de um festival que promove a integração e com o objetivo de destacar aspectos positivos da comunidade brasileira neste país, decidimos aceitar a inscrição das mamães – e assim, elas terão um desfile especial, com muito glamour, e com a escolha das mais belas mães de acordo com a faixa etária – serão divididas em três categorias, conforme a idade, e desfilarão em traje social, vestido preto, longo, em modelo à escolha de cada mãe participante”, explica Daniela.

A promoter revela que o desfile As Mais Belas Mães dará um brilho ainda maior ao Miss Nikkey, que já é consagrado o principal evento de beleza e integração brasileira no Japão. A estimativa é que o Miss Nikkey vai reunir este ano público de 5 mil pessoas no Komaki Shimin Kaikan, com uma série de atrativos nos desfiles feminino, masculino, infantil e das mamães. O evento será dia 8 de maio, no domingo em que se comemora o Dia das Mães.

 Daniela lembra que são limitadas as vagas para as interessadas em participar do concurso As Mais Belas Mães. Para participar, basta enviar e-mail à produção do Miss Nikkey informando nome, idade, endereço completo e telefones de contato, anexando duas fotos (de rosto e de corpo inteiro) e solicitar a ficha de inscrição. O endereço da produção é: missnikkey2011@gmail.com

ORIGEM DA DATA

O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 08 de março e tem como origem as manifestações das mulheres russas por “Pão e Paz” –  por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

Em março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist nos Estados Unidos matou 146 trabalhadores – a maioria costureiras, em acidente atribuído às más condições de segurança do edifício.O episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.

Nos países ocidentais a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Hoje, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. O ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em Dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas também a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo.

 

DIA DOS HOMENS

Os homens não precisam ficar enciumados com o Dia Internacional da Mulher. Existe também no calendário uma data específica para eles, que no mundo todo se comemora em 19 de novembro, mas que no Brasil virou 15 de julho.A ideia nasceu em 1999 com o Dr. Jerome Teelucksingh e foi apoiada pela ONU e por grupos de defesa dos direitos masculinos. Os objetivos principais do Dia Internacional do Homem são conscientizar os homens a respeito de questões de saúde; melhorar a relação entre gêneros; promover a igualdade entre gêneros e destacar papéis positivos de homens. É uma ocasião em que homens se reúnem para combater o sexismo e, ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, na famílias e no casamento, e na criação dos filhos.